quarta-feira, 23 de junho de 2010

Gravidade Zero


Nos nossos dias infantis não havia aquarela que desse conta da volúpia e do vício...
Parecíamos quadros pintados à carne em nossa exposição particular...
Ele me vestia do meu sorriso e me despia de sensatez
Dizia:- Seu Mercúrio em Virgem me alimenta
Até no ônibus, na madrugada, indo para São Paulo, a gente fez
mas eu é que engoli quieta a sua tormenta
que sem dó explodiu de só uma vez
Éramos o paradoxo de um desinibido discreto...
Um amor de cantos escondidos,
senhas e frases secretas...