quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Ousadia!


Digo o que sinto e o que penso,
me desnudo quando você me pede, exige e quer

apesar das gabolices do meu temperamento,

deixo explodir a lava incandescente do meu vulcão interno,

por você honrosamente ativado...

Assim como não se pode conter o curso das águas fluviais,
é impossível, deter, reter, destesar meus líquidos naturais,

tamanha é a obstinação desabrochada no meu desejo...

Minha oca virtude se regozija diante do seu belo falo,
contundente e cruel,
é a sua língua ferina que me provoca
melodiosamente,
ora sugando,
ora vagarosamente
lambendo,
ora acintosamente beijando-me.

Quero atravessar as barreiras de suas roupas,
invadir seus dois palácios,
adentrar nos seus ermos campos...
engolir seus doces esguichos seminais...

Deixe-me colorir o cinza da sua vida,
fazer um filme proibido,
tornar inédito nosso caso,
um mero rabisco em plácida arte,
transformar o insosso em saboroso,
o trivial em frugal o fullgás em eterno.

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